Criação, evolução e futuro dos robôs

E aí, quando você para e pensa num robô, a imagem que costuma vir na sua cabeça está relacionada às referências dos desenhos, filmes e séries que já assistiu?

Não é para menos – desde pequenos todos estamos em contato com eles, como a robô “Rosie” dos Jetsons, ou nos clássicos como “Perdidos no Espaço” e “I.A – Inteligência Artificial”…

Hoje damos inicio à Trilha de Robótica e IA – onde vamos abordar temas a respeito da história da robótica, desenvolvimento da inteligência artificial e previsões de como essa tecnologia irá se desenvolver.

Vamos lá!

História

A concepção real do robô foi numa peça teatral pelo dramaturgo tcheco, Karel Čapek, nos anos 20.

É isso mesmo, há quase um século, Capek trouxe na dramaturgia a história de um cientista que criou uma máquina inteligente para realizar as tarefas mais difíceis do homem, e diante dessa pira toda… a máquina se revolta contra ele.

Isso é muito Black Mirror desde os anos 20, ein!

Anos depois, surge novamente a referência do robô na dramaturgia, só que agora nos cinemas: “Eu, robô”.

O conto foi escrito por Isaac Asimov e além de representar na ficção robôs que simulados no mundo real reproduziam comportamento humano programados pelo homem, ele também incorporou três leis FUNDAMENTAIS para a ciência da robótica, as quais para muitos pesquisadores, até hoje fazem total sentido.

  • 1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal.
  • 2ª lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.
  • 3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.

A partir daí, foi dado o start para a evolução da robótica no mundo.

Vou te contar um pouco mais.

 

A evolução da robótica

Robôs Industriais

Os primeiros foram robôs voltados à produção, fábricas.

Eles exigiam total controle do homem na sua programação, estavam lá para cumprir funções. Esses robôs estavam longe do que podíamos imaginar como “robô inteligente”.

Para isso, seria necessário aumentar a sua complexidade, trazendo mobilidade e sensoriamento, por exemplo.

Robôs móveis

A partir dos robôs industriais, surgem os robôs móveis.

Esses podem ser usados para várias tarefas, como: transporte de peças em indústria até à exploração de locais perigosos como ambientes espaciais, por exemplo.

O robô móvel é livre para se mover em todas as direções, assim para seu controle é exigido outras tecnologias importantes, como o sensoriamento.

O complemento entre inteligência artificial e robótica mudou de maneira radical com o surgimento dos robôs móveis.

Robôs humanoides

Ao tentar aumentar o nível de inteligência dos robôs, surgem os primeiros protótipos humanoides, dando início à robótica cognitiva.

Para que um robô se tornasse humanoide era preciso que ele tivesse comportamentos parecidos com dos humanos.

Para os pesquisadores do MIT, 4 fatores foram considerados importantes para orientar as pesquisas dos robôs:

  • Desenvolvimento incremental da inteligência
  • Interação do robô com seu ambiente
  • Interação Social
  • Integração multi-modal

Dá uma olhada aqui em alguns robôs humanoides que chamaram a atenção geral na época 😉

Robô COG

Desenvolvido pelo MIT, um dos mais famosos robôs humanoides é o “Cog”. Ele é capaz de reproduzir um torso humano com cabeça e seus movimentos aproximam dos movimentos humanos além de possuir vários sistemas sensoriais.

Olha que legal esse vídeo do Cog aprendendo e executando tarefas.

Honda Asimo – 2000

Este robô é fruto de uma linha de desenvolvimento de robôs humanoides da Honda. O foco deles foi criar um robô capaz de andar, se deslocar em ambientes domésticos, desviando de objetos e pessoas.

Para conseguir um andar estável, ele foi construído de modo em que não caísse quando o chão fosse inclinado, e também que fosse capaz de subir e descer escadas.

Para saber mais, confiram o artigo do Ricardo Ribeiro Gudwin, onde ele traz uma análise completa!

Chegamos à era dos robôs bípedes!

Robôs do futuro!

Hoje vimos um breve contexto histórico sobre a evolução dos robôs.

Ao escrever esse artigo, lembrei de algumas matérias sobre previsões que gostaria de compartilhar.

Uma delas são as previsões que Asimov fez para 2019… sim! O cara que criou a teoria da robótica que citei no início, publicou no jornal The Star of Canada em 1983, previsões de como seria o mundo esse ano.

Isso me fez pensar que se parte do que ele pensou de fato aconteceu/está acontecendo… como ficará a questão dos robôs humanoides? Eles de fato vão respeitar as leis que ele propôs?

A MIT Technology Review questionou o Bill Gates sobre algumas invenções que ele acredita que irão mudar o mundo para melhor. Entre elas, ele cita a “Destreza Robótica”

Bill Gates acredita que segurar objetos como os humanos fazem ainda é um grande desafio para a robótica. Assim, ele acredita que em breve essa funcionalidade sairá do mundo virtual para o real.

Também tem esse TED do Marc Raibert, fundador da Boston Dynamics, que está desenvolvendo robôs incríveis! Muito show!

Hoje tivemos uma prévia sobre esse mundo da robótica. Logo mais, estarei aqui para falar de uma outra tecnologia, que surgiu na mesma época que a robótica, mas com métodos e objetivos diferentes…

Só que na imaginação humana, as duas sempre andaram juntas: Inteligência Artificial 😉

Até mais!

Sobre a autora

Flávia Oliveira trabalha com parcerias estratégias no ANYMARKET, unidade da DB1 Global Software.

É formada em Administração e atualmente é mestranda em Inovação e Propriedade Intelectual pela UEM. Se interessa por inovação, comportamentos e culturas.

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